Baixa cobertura é quando a cor, ou detalhes da pintura anterior ficam aparecendo através da pintura nova. Alguns fatores podem ser a causa:
Diluição incorreta:
Todas as embalagens de tinta trazem recomendações sobre a diluição. Leia atentamente estas instruções, e acredite nelas. Lembre-se, quem as redigiu foram as mesmas pessoas que desenvolveram a tinta que você vai usar, e elas sabem o que estão dizendo. Utilize o solvente indicado (água, thinner, água ráz, etc...). É um erro comum utilizar solventes diferentes do recomendado. Não faça isso. As tintas tem composições diferentes, e um solvente que age bem com uma pode ser fatal para outra. A porcentagem indicada é muito importante. Ela irá dar a viscosidade correta, que por sua vez irá conferir o espalhamento correto. Também irá definir a espessura e a densidade do filme, o que garante a capacidade de cobrir a cor de baixo.
Homogeneização:
Homogeneizar, ou misturar bem a tinta antes de começar a usar, e repetir cada vez que se faz uma pausa longa garantem que você tenha um produto uniforme, do começo ao fim, e, consequentemente, com a mesma densidade de cor e resina. Utilize uma ferramenta adequada, a qual pode ser adquirida na loja de tintas. Caso não encontre, faça uma, utilizando uma ripa, de madeira, plástico, alumínio, ou outro material rígido, com aproximadamente 2cm de largura, e uns 40cm de comprimento.
Poucas demãos.
Aplique duas ou três demão de tinta. Uma demão só nunca é suficiente, mesmo em pinturas novas ou repetindo a mesma cor. Muitas demãos também podem prejudicar o resultado pois criam uma película muito espessa, e consequentemente muito pesada, aumentando o risco de descascamento.
Quando a cor a ser coberta é bem mais escura que a nova, por exemplo amarelo sobre azul, pérola sobre vermelho, o ideal é remover a pintura antiga, ou, caso não seja possível, por não poder fazer muito pó e sujeira, aplique primeiro uma demão de branco antes da pintura final.
Ferramentas:
Para pintar paredes lisas, utilize rolo de lã baixa, que dão maior rendimento, para paredes ásperas ou textura rasa, utilize rolo de lã alta. Caso a aspereza ou a textura sejam profundas, pode ser necessário o uso de pincel ou trincha, para que as cerdas penetrem nos pontos mais fundos. Você pode também trabalhar com ambas opções, alternadamente, conforme a necessidade. Utilize também a bandeja quando trabalhar com rolo, para remover o excesso e evitar escorridos na pintura.
Outras dicas: Procure pintar cada parede de uma vez só. Pintar meia parede, e depois de seca completar o resto, sempre deixa diferença na tonalidade. O uso de tintas semibrilho em paredes muito onduladas ou com defeitos ressalta as irregularidades. Nestes casos é melhor partir para a acetinada ou fosca.
Leia sempre as instruções nas embalagens e procure segui-las.
E, se tiver alguma dúvida específica, estou a disposição.
Antonio Canhedo.
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