Figura 1 Fonte people.ufpr.br |
Assim como qualquer atividade em construção civil, a pintura também gera resíduos que merecem ser devidamente tratados e destinados, para evitar agredir o meio ambiente, além das responsabilidades legais.
A resolução nº 307/2002 do CONAMA, no artigo 4, define que a responsabilidade de dar destino adequado aos resíduos é do gerador, ou seja, você.
Nesta resolução, o artigo 3º classifica as tintas e solventes como Classe D, e no artigo 10º diz que resíduos desta classe deverão ser armazenados, transportados, reutilizados e destinados em conformidade com as normas técnicas específicas.
O ideal, com relação aos resíduos é não gerar resíduo. Como isso? Planejando.
Antes de iniciar, calcule a área a ser pintada, defina o melhor sistema de pintura para sua obra e então calcule quanto de material você ira precisar, como massa, selador, tinta, ferramentas, solventes, etc...
Figura 2 fonte RN Tintas |
As embalagens sempre trazem o rendimento do produto e a melhor forma de aplicação. Existem profissionais no mercado (eu, por exemplo) que podem fazer este planejamento para você. Os fabricantes também disponibilizam assistência técnica para auxiliá-lo nesta etapa.
Planejando tudo, você evita comprar material demais, e consequentemente, menos material para dar destino.
Mesmo assim, se sobrar muita tinta, ou outro material, são produtos orgânicos que tem prazo de duração, principalmente se a embalagem já tiver sido aberta, e não devem ser estocados por muito tempo. Pense em uma instituição para fazer uma boa ação e doe a sobra. Garantir uma vaguinha no Céu não faz mal para ninguém.
As latas vazias devem ser esgotadas, escorrendo o resto. Depois, deixe secar e faça furos nas latas para que não acumulem água de chuva, e descarte em local para lixo metálico.
Os pincéis e rolos, além das ferramentas devem ser limpos só no final do dia. Em intervalos para café ou refeição, o melhor é deixá-los mergulhados na própria tinta, coberta com um plástico para evitar formação de filme na superfície (pele).
A água ou solvente usados para lavar os materiais não devem ser descartados no esgoto, devem ser recolhidos em recipiente apropriado. Mantenha o recipiente tampado e deixe decantar de um dia para o outro. Reaproveite o sobrenadante para fazer diluição no dia seguinte ou mesmo para nova limpeza. A borra assentada no fundo deve ser recolhida e deixada secar, para depois ser descartada no lixo para plástico.
Os solventes são um problema complicado. Não existem muitas empresas dispostas a recolher este resíduo difícil de tratar, e também não adianta entregar para qualquer um, na ideia de “passar a bola”. A legislação diz que o gerador é corresponsável pela destinação, ou seja, se a empresa que recolheu o seu resíduo o dispuser de forma errada, você responde junto com ela, e pode ser processado junto.
Lembre-se, consulte sempre um profissional especializado. Isto, além de tudo, reduz custos.
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